Província dos Santos Pedro e Paulo na Romênia

PROVINCIA SANCTORUM APOSTOLORUM PETRI ET PAULI IN ROMANIA
Sedes Provincialis:
MĂNĂSTIREA SFÂNTA CRUCE
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RO-407410 Mintiu Gherlii
jud. Cluj – ROMANIA
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A província dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo na Romêniaé hoje parte da Ordem Basiliana de São Josafat e age na Igreja greco-católica da Romênia, em união com Roma. É igualmente Igreja católica de rito oriental sui iuris com o status de arcebispado maior.
Ao longo da história existiam na Romênia dois ramos da Ordem de São Basílio Magno: os religiosos de Blazh e os religiosos de Bixad, os quais se desenvolveram após o ano 1700 e cooperaram entre si, entrelaçando sua existência e sua atividade, visto que pertenciam ao mesmo rito, tinham a mesma espiritualidade brasiliana e a mesma finalidade: a busca do reino dos céus.

A Ordem Basiliana em Blazh foi fundada com a bula Rationi congruit de 18 de maio de 1721, e tinha como principal missão auxiliar o bispo, tendo em vista uma boa organização e governo da jovem Igreja greco-católica romena na Transilvânia. Os primeiros bispos unidos com Roma da Igreja romena eram monges basilianos. Os principais mosteiros eram as sedes da Santíssima Trindade e da Assunção da Santíssima Mãe de Deus em Blazh. Os monges basilianos com sua vida de oração, suas atividades no seminário, na escola, na gráfica e com as missões pastorais deram grande contribuição para a renovação espiritual da Igreja. Nos mosteiros originou-se a conhecida corrente do renascimento cultural e nacional, a “escola de Ardesk” que proporcionou grande bem ao povo da Transilvânia. Em consequência, principalmente da política anti-monástica do rei Joseph II, o número de monges reduziu-se e a Ordem brasiliana suspendeu suas atividades no ano 1933, com a passagem do último monge para o clero eparquial.
Com a insistência do bispo João José de Kamelis e com os esforços do arquimandrita Isaías de Caroli, no ano 1700 foi fundado no norte da Transilvânia o mosteiro greco-católico de Bixad. Logo no mosteiro morre como mártir o arquimandrita Isaías, assassinado pelas suas críticas à imoralidade, particularmente ao matrimônio duplo. Não obstante, o mosteiro continuou a existir e uniu-se à Província da Ordem de São Basílio Magno da Ucrânia Transcarpática. De início, o mosteiro de Bixad encontrava-se no território da eparquia rutena de Mukacevo, mas a partir do ano 1853, ele passou para o território da eparquia greco-católica de Herla, fundada pela bula Ad Apostolicam Sedem. Até o ano de 1925, o mosteiro sempre abrigou religiosos romenos e rutenos da Ordem de São Basílio Magno, mas era um mosteiro pequeno com pequeno número de religiosos e não tinha alguma atividade importante.

No ano de 1925, o padre Atanasio Aurélio Maksym, OSBM, antigo superior do mosteiro em Mariapóc, é nomeado superior do mosteiro de Bixad. No ano 1930, o mosteiro de Bixad passou do território da eparquia greco-católica de Herlsk para o território da recécriada eparquia greco-católica de Maramoreshk, onde se encontra agora. O novo superior angariou para o mosteiro muitas vocações, abriu o noviciado e, em poucos anos, o número de religiosos romenos de Bixad cresceu significadamente e isso exigiu a fundação da Província Romena da Ordem Basiliana. No ano 1933, o bispo de Maramoreshk, Alexander Russu entregou aos religiosos basilianos o mosteiro de Moirés, que por muitos anos esteve sem religiosos, e o padre Leon Manu, OSBM, organizou nele uma comunidade brasiliana. No ano de 1936, o bispo Iuliu Khossu de Kluj-Herla confiou aos basilianos, “para administração e governo frutuoso”, o mosteiro de Nukulia, que se tornou o maior centro de peregrinação no país.
A Congregação para as Igrejas Orientais, com o Decreto de 8 de junho de 1937, criou uma nova Província da Ordem Basiliana de São Josafat, que se denomina Província Romena sui iuris, separada de toda outra Província dessa Ordem de acordo com a Constituição, e era diretamente dependente do Superior Geral, o arquimandrita da Ordem Basiliana de São Josafat em Roma. A nova Província teve seu particular período de desenvolvimento graças às atividades pastorais, missionárias e de publicações dos religiosos, mas no ano de 1948, as perseguições comunistas confiscaram tudo, a maioria dos religiosos foi presa, e todos os mosteiros foram entregues à Igreja Ortodoxa romena, que até hoje não devolveu nada aos seus legítimos proprietários. Os religiosos basilianos, graças à sua sólida formação, souberam sobreviver durante as perseguições comunistas, conduzindo secretamente uma vida religiosa fora do mosteiro.

Após o ano 1989, já em condições de liberdade religiosa, a Ordem de São Basílio Magno na Romênia construiu três novos mosteiros em Molishet, Mintiu e Prilog. Hoje nesses mosteiros vivem comunidades religiosas que, segundo o Estatuto da Ordem Basiliana de São Josafat, desejam viver uma vida monástica comunitária, onde harmoniosamente se alternam a oração comunitária, o estudo, a meditação, o descanso e o trabalho, de acordo com as Regras de São Basílio Magno. No tocante à pastoral, os religiosos estão integrados em seis paróquias. Além disso, nos mosteiros da Províncias são realizadas frequentes romarias.

